sábado, 25 de dezembro de 2010

Conexões Conflituosas







Vídeo produzido durante a disciplina Educação e Tecnologias Contemporâneas Faced/UFBA - 2010.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Moral nobre e moral escrava


Aqui, Nietzsche traça, com seu estilo direto e irreverente, as características que demarcam os dois tipos de vida, representados pelas duas morais: a nobre (ou dos senhores) e a escrava.









Numa perambulação pelas muitas morais, as mais finas e as mais grosseiras, que até agora dominaram e continuam dominando na terra, encontrei certos traços que regularmente retornam juntos e ligados entre si: até que finalmente se revelaram dois tipos básicos, e uma diferença fundamental sobressaiu. Há uma moral dos senhores e uma moral de escravos; acrescento de imediato que em todas as culturas superiores e mais misturadas aparecem também tentativas de mediação entre as duas morais, e, com ainda maior freqüência, confusão das mesmas e incompreensão mútua, por vezes inclusive dura coexistência até mesmo num homem, no interior de uma só alma.

As diferenciações morais de valor se originaram ou dentro de uma espécie dominante, que se tornou agradavelmente cônscia da sua diferença em relação à dominada, ou entre os dominados, os escravos e dependentes de qualquer grau. No primeiro caso, quando os dominantes determinam o conceito de "bom", são os estados de alma elevados e orgulhosos que são considerados distintivos e determinantes da hierarquia. O homem nobre afasta de si os seres nos quais se exprime o contrário desses estados de elevação e orgulho: ele os despreza. Note-se que, nessa primeira espécie de moral, a oposição "bom" e "ruim" significa tanto quanto "nobre" e "desprezível"; a oposição "bom" e "mau" tem outra origem.

Despreza-se o covarde, o medroso, o mesquinho, o que pensa na estreita utilidade; assim como o desconfiado, com seu olhar obstruído, o que rebaixa a si mesmo, a espécie canina de homem, que se deixa maltratar, o adulador que mendiga, e, sobretudo, o mentiroso - é crença básica de todos os aristocratas que o povo comum é mentiroso. "Nós , verdadeiros" - assim se denominavam os nobres da Grécia antiga.


quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Kwanzaa



O Kwanzaa é uma celebração afro–americana que tem início no dia 26 de Dezembro e fim em 1 de Janeiro de cada ano. Kwanzaa é uma palavra africana derivada da frase kiswahili "matunda ya kwanza". Na África tradicional Kwanzaa representa as primeiras colheitas.

O Kwanzaa envolve a reflexão sobre sete princípios básicos: a valorização da comunidade, das crianças e da Vida. Esta palavra significa "o primeiro, no início" ou, ainda, "os primeiros frutos", e pertence a tradições muito antigas das celebrações das colheitas na África. E foi ela a escolhida para representar esta celebração inventada por um homem, há 34 anos. Maulana Karenga é um professor e ativista negro, atual director do Departamento de Estudos Negros da Universidade da Califórnia.

Toda a celebração e os rituais da Kwanzaa foram concebidos após as famosas e terríveis revoltas de Watts, em 1966. Ele buscou em remotas tradições africanas valores que fossem cultivados pelos negros americanos naqueles terríveis dias de lutas pelos direitos civis, de assassinatos de seus principais líderes e que, não sendo religiosos, pudessem atrair - como atraíram - todas as igrejas de todas as comunidades negras em todo o país e, no futuro, pelo mundo fora. Karenga organizou a Kwanzaa em torno de 5 actividades fundamentais, comuns às celebrações africanas da colheita das primeiras frutas:

  • a reunião da família, de amigos, e da comunidade

  • a reverência ao criador e à criação, destacadamente a acção de graças e a reafirmação dos compromissos de respeitar o ambiente e "curar" o mundo

  • a comemoração do passado honrando os antepassados, pelo aprendizado de suas lições e seguindo os exemplos das realizações da história

  • a renovação dos compromissos com os ideais culturais mais altos da comunidade como a verdade, justiça, respeito às pessoas e à natureza, o cuidado com os vulneráveis e respeito aos anciões

  • a celebração do "Bem da Vida" que é um conjunto de luta, realização, família, comunidade e cultura

Karenga, diz que, "a Kwanzaa é celebrada através de rituais, diálogos, narrativas, poesia, dança, canto, batucada e outras festividades". Estas atividades devem demonstrar os sete princípios, Nguzo Saba em Suaíli:

  • umoja (unidade)

  • kujichagulia (autodeterminação)

  • ujima (trabalho coletivo e responsabilidade)

  • ujamaa (economia cooperativa)

  • nia (propósito)

  • kuumba (criatividade)

  • imani (fé)

A cada dia uma vela de cor diferente deve ser acesa num altar onde são colocadas frutas frescas, uma espiga de milho por cada criança que houver na casa. Depois de acesa a vela, todos bebem de uma taça comum em reverência aos antepassados, e saúdam com a exclamação “Harambee”, que tanto significa "reúnam todas as coisas" como "vamos fazer juntos". A grande festa é a de 1 de janeiro, quando há muita comida, muita alegria e onde cada criança deve ganhar três presentes que devem ser modestos: um livro, um objecto simbólico e um brinquedo.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Feito por nós mesmo!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Segredo da Harmonia



Essas são algumas imagens da gravação do vídeo clipe da musica Segreda da Harmonia, do grupo de RAP Versu2. As fotografias ficaram por conta de Fernando Gomes que registrou esses momentos na área core da cidade de Salvador. Para assistir o vídeo basta clicar AQUI.














quarta-feira, 8 de setembro de 2010


Pensando o conhecimento científico atrelado à educação




A elaboração desse texto é idealizada a partir do texto da Professora Maria Helena Silveira Bonilla, intitulado de: A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX. Esse texto pode ser baixado clicando AQUI.

É um texto que me contemplou já no primeiro parágrafo quando é feito uma citação, de uma das minhas maiores referencia dentro e fora da Geografia, é uma citação extraída do livro, Por Uma Nova Globalização do professor Milton Santos, numa tentativa de evidência o dinamismo nos processos de transformações cientificas e tecnológicas, num âmbito globalizado onde as relações sociais adquirem caracteres específicos, conforme seu período histórico.

O questionamento chave talvez seja saber onde a Escola está inserida nessa rede de relações, com os seus paradigmas de concepções mecanicistas e tradicionais, fundamentadas numa noção de ordem que molda o pensamento e a ação humana que não mais nos cabe a restringir-mos, como outrora ocorria em outras sociedades arquitetadas em bases filosóficas e religiosas.

Bonilla ainda nos permite pensar que o ideal é que se pense na ciência e na tecnologia nessa Nova Cosmovisão que assume um caráter de relação interativa entre homem e natureza.



quarta-feira, 25 de agosto de 2010


É interesse de quem incluir digitalmente toda a população?




Fica o questionamento para que se possa refletir, compreender e analisar o caso. Não me preocupo com o que vem a ser o mundo, daqui à algumas décadas ou séculos. Entretando, me utilizo da imaginação para “criar” paisagens futuras, pensar o comportamento humano, os espaços que são criados e recriados num mundo que a cada instante se torna globalizado e globalizante... O que a carreta uma série de consequencias e situações perversas, pra uns, e prazeres para outros.


Na conjuntura contemporante, o “digital”, a internet, o progresso tecnológico em si, torna as pessoas reféns com poucas alternativas, quando se têm, de pertencer a algum lugar sem se apropriar das modernas tecnologias, às quais são “obrigados” a consumir. Consumo esse que pode ser por vaidade, pelo sentimento de pertencer a esse mundo, ou ainda por necessidades que são criadas para estimular ou justificar esse tal consumo.


O Sistema de Educação se apropriou e se aprópria com uma certa intensidade desses meios tecnológicos como um catalizador para o sistema de aprendizagem. Isso é bom! As possibilidade decorrentes daí são ricas, atrativas, mas o perigo surge quando isso se torna viciante, quando ficamos aprisionados e necessitando mais, e mais, de novas tecnológias que facilitam nossas vidas... Pensar em inclusão digital é necessário, mas ai de se ter cuidado no entendimento do todo, não se pode apenas querer incluir. É indispensável a compreensão dessa conjuntura de forma não superficial.

E enquanto essa compreensão não me contempla, fico aqui entretido com a mistura entre o Real e o Virtual. Numa nova perspectiva denominada Realidade Aumentada.

domingo, 8 de agosto de 2010

O pertencimento ao lugar.





Longe de mim, longe das minhas agonias, distante do que vivo e da minha realidade, que não é tão diferente desta, debruço-me sobre o mais sólido concreto alheio e vejo luzes vermelhas, pra quem vai, e luzes brancas pra quem vem, num lugar distante onde outrora era uma região anecúmena e em um momento ainda mais distante era um lugar único, pois estava acoplado a outros lugares com povos diferentes destes, os mesmos me deixam com o sentimento de nostalgia querendo ter a sensação de pertencer a algum lugar.

Abstraio o visível por alguns minutos e entro no meu mundo, ou submundo, como queiram na busca de perguntas e respostas que dêem sentido ao tal pertencimento que me faz perder o chão e colocar em evidência a existência momentânea.

Por mais que as coisas estejam interligadas numa rede de informações, circulação de pessoas, mercadorias, entre outros aspectos, dentro de um sistema globalizado e globalizante, eu ainda concordo quando se diz que, “Na geografia do século XXI não há lugar para um pensamento único”, mas isso não se aplica ao lugar, pois ele continua sendo singular, por mais que haja construções e desconstruções. Dessa forma continuo a pensar, a agir como um filósofo que “rumina” o que se vê, se ler e se senti. Tendo como única finalidade apreender/compreender o que se pode imaginar, sendo através do resgate de informações (lembranças), ou por meio de “sonhos” (criações de hipóteses), algo novo ainda não vivenciado.

Por muitas vezes me pego longe de mim de forma física e mental, momentos esse de angustiante e desconforto, questiono-me se realmente é necessário essa labuta para se inserir em outro lugar.

Por vez, faço de mim meu próprio laboratório permito-me a certas situações tentando compreender o diferente, o alheio, enfim... Uma gama de coisas não vivenciadas. Assim sendo continuo sendo mal compreendido, pelos dogmáticos, pelos militares e por meus vizinhos. Apesar das rotulações me deixarem insatisfeitos eu procuro apreender algo de útil, difícil, mas existem. Ainda creio que peco ao pensar demasiadamente deixando algumas regras de sobrevivência em segundo plano, ainda mais quando se trata de pensar um lugar futuro [...]

sábado, 7 de agosto de 2010

Queria me descrever, mas estou sem coração e a razão me foge.

sábado, 17 de julho de 2010




A comissão de cultura (COMICUL) da Residência Universitária da UFBA retoma as atividades do CINERESI com a temática voltada às questões da População Negra. E até novembro, de forma aperiódica, estaremos exibindo alguns filmes e documentários, o espaço é aberto para todas e todos interessados ou não!

A primeira exibição é o Filme QUILOMBO, que tem direção de Carlos Diegues e ainda consta no seu elenco a presença de Tony Tornado, Antônio Pompeo, Zezé Motta, Vera Fischer, Maurício do Valle, Grande Otelo, Daniel Filho, Jofre Soares, dentre outros. Tendo uma duração aproximada de 120 min.

Resumo: Em meados do século XVII, escravos fugidos das plantações canavieiras do Nordeste, organizam uma república livre, o Quilombo dos Palmares. O quilombo sobreviveu por mais de 70 anos, até a destruição final.

terça-feira, 29 de junho de 2010

À mais bela preta!


Sorriso único, face arredondada, personalidade a flor da pele, cheia de querer, afetos e dengos... Faz-me falta sua presença, seus conselhos, sua disposição em me querer bem. Todo seu molejo de mulher preta não foi em vão, todo suor e lagrimas no semblante és lembrado a todo o momento, não deixarei esmorecer a tua lembrança e teus ensinamentos, pois sou teu filho e muito me orgulho de tu, mãe preta, mãe mulher, e por muitas vezes homem – que a mim direcionou a ser o que por muito tempo fomos privados. [Luta; sangue; lágrimas e nostalgia]

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Artigo






Resumo: O artigo apresenta um estudo desenvolvido na Região Nordeste de Amaralina (RNA), Salvador-BA, analisando o comportamento dos jovens adeptos da música RAP, no âmbito das contradições da cidade contemporânea. Evidenciando uma manifestação cultural da população africana em diáspora, em terras da América.




Vocês podem fazer o dawnload do artigo clicando AQUI. Desejo uma boa leitura a todas e todos.




domingo, 13 de junho de 2010

Queria ser intelectual




Imagem: Cenildo Silva


Queria poder ser igual a Milton Santos ou Stuart Hall, gostaria de saber como quebrar as correntes e me sentir livre das amarras paradigmáticas. Não queria ser rotulado, ou melhor, não queria que meus textos fossem rotulados pelo o que eles vêem de mim, queria ir além do fenótipo e sem militâncias. Mas, sinto-me sufocado, cheio de idéias internalizadas que dificilmente são expostas talvez por receio de ser diferente, talvez “obrigado” pelos paradigmas que existem de forma explicita e ultrapassa a barreira do tempo. Essa questão temporal serve por muitas vezes só para concretizar algumas imposições dogmáticas.



Nunca antes tinha me perguntado o que é ser um intelectual, talvez por isso me encontre com pouco embasamento teórico para discorrer a respeito, entretanto o complexo fato de pensar pode nos ajudar a compreender algumas dificuldades, sobretudo às de aceitação. Assim sendo, é de preponderante importância saber que o intelectual não pode se a ter a filiações que reduzam a sua margem de possibilidades de cogitação.



Existe uma passagem de Maurice Blanchot que diz: “[...] uma parte de nós mesmos que não apenas nos desvia momentaneamente de nossa tarefa, mas que nos conduz ao que se faz no mundo para julgar e apreciar o que se faz” nos mostra que a fuga ideológica, do ideal, dentre outras amarras que nos formam, mas que ao mesmo tempo nos limita, enquanto ser critico, pensador e diversificado em um âmbito plural de acontecimentos e possibilidades. Se ater a um ideal é legal, ter objetividade no que se faz também pode ser legal, porém não se pode descartar e deixar de avaliar o desconhecido, para que os episódios históricos e, os possíveis, futuros sejam teorizados de forma coerente – usa-se coerência não para conotar vontades individuais, mas sim para expressar uma não restrição teórica.



Acabar-se com os estereótipos, cínico e doentio para uma livre produção que possibilite a leitura e interpretação dos fenômenos de tal forma que as ideologias dos leitores e do próprio autor vão se construindo sem imposição de idéias/vontades, pois o terrorismo psicológico ele causa lacunas, deixa um pensar vago, ao invés de ser complexo se torna algo simples.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cuiabá







Quase deixo passar em branco a minha estadia em Cuiabá, e isso não é legal, talvez seja mais legal que a própria cidade, que por sua vez não me atraiu em momento algum... É uma cidade pequena, territórialmete falando, mas possui uma infra-estrutura digna de casas de bonecas, é tudo bem organizado, limpo e possui um clima singular diferente de tudo que presenciei antes, quando faz frio, nos sentimos nas olimpíadas de inverno, já quando faz calor, nos sentimos no núcleo da Terra. A alternância climática se dá da noite pro dia, de forma muito brusca, o que pode acarretar algumas complicações para o organismo,não acostumado com essa variabilidade.


Não me identifiquei com a população, tentava me ver inserido na cidade, mas nada me contemplava e isso me angustiava... Houve um momento que um tiozinho me perguntou seu eu era de Angola, fiquei pasmo, e em fração de segundos entrei em conflito comigo mesmo e percebi onde eu estava, agora de uma forma mais intensa, e logo na sequência perguntei qual o motivo da pergunta, mas sem querer saber a resposta... A população preta por lá é imperceptível, uma resalva são os estudantes que fazem intercâmbio na UFMT, que são de alguns países africanos, e do Haiti, os quais tive um certo contato.


Pra quem gosta de musica sertaneja e baladinha eletrônica lá é o melhor, só vi isso... Tentei, juntamente com uns amigos, entrar em uma festa sertaneja que havia por lá, num bar de nome Chorinho, mas havia muita burocracia e restrições, logo percebemos que não eramos bem vindos e abortamos amissão.


Gostei, em parte, da parcela da população a qual tive tempo de estabelecer algum tipo de dialogo, é uma raridade ver o povo na rua, mesmo durante o dia, acho que são muito reservados, ma são educados e isso é bom. Diferente de Salvador, em Cuiabá o números de mendigagem é muito baixo, não me recordo de ver o povo pobre/miserável nas ruas da capital do Masto Grosso. Senti falta de ver o povão, mesmo na sua área core não pude observar essa parcela da população, eles escondem bem escondido.


Cuiabá não é tão atrativo,quando se está acostumado com a vida vadia e babilônica de salvador, existem alguns atrativos turísticos de caráter natural que atraí muita gente pra essa região do Pantanal, como o próprio Parque Nacional do Pantanal e a Cachoeira da Geladeira (Chapada dos Guimarães), pra quem gosta é interessante conhecer.


O que mais me deixou pensativo foi saber que existe um centro de recuperação para comedores compulsivos, acreditem! E o que mais me frustrou foi saber que estava perto da Bolívia e não ter a oportunidade de sair do pais!





sexta-feira, 4 de junho de 2010

Em breve retomo as atividades aqui!



A questão é que tenho muito tempo ocioso, e assim não me acontece muitas coisas, os dias e acontecimentos são repetitivos e fico sem ter o que explanar para vocês, leitores, mas as coisas estão mudando... Logo mais retorno com insanidades.

terça-feira, 4 de maio de 2010


O baba under virou Gang!





Próximo domingo, vai haver mais uma edição do Baba Underground que acontece quando se tem vontade e coragem para marcar, sempre aos domingos, na praia de patamares, às 10h.

Esse edição é especial, é uma idéia do Mc Spock de fazer dois times, um representando a gang do Notoriuns e o outro representando a trupe do 2 PAC, por isso houve a necessidade de fazer um Baba GANG, porém nos próximos eventos retornaremos no formato original, UNDER. O evento é aberto ao público, mas não pode colar inimigo se não a coisa fica agressiva.

Contamos com a presença de vocês. E saiba que não é necessário saber jogar, pois lá já tem quem faça isso por vocês.



Uma realização dos BP e OP.



Raiv, Spock, Filó, Johnny, Pherd, Roga, Cabeça, Diego, Spiga, Rima, Neto, Tosco, Man-Duim, Pacato...

E mais uns 4mil moloca de salvador e adjacências que fortalecem o evento.


sábado, 24 de abril de 2010

Tenho raiva de vocês





Não me agrada ter que olhar para vocês, saber que vocês existem, e o pior de tudo é não conseguir abstrair a vossa existência que tanto me desassossega. O descaso de vocês é clichê para mim, eu detesto vocês com todas as minhas forças, queria pulverizar um por um, ainda assim não me sentiria bem, pois só em saber que vocês existem e fizeram o que fez (vem fazendo) isso anula todas as possibilidades de me sentir bem, por completo. Queria não poder alimentar esse rancor que vive em processo de erupção, alimentando minhas ações mais insanas e perversas, que por sua vez, sempre esteve presente em mim, e por culpa de vocês que me fizeram ver, sentir, ouvir e pensar o que não desejava, em essência.

O tempo passa, a vontade cresce e continuo ojerizando vocês, minhas inquietações são expressas e observadas em linhas e feições onde muitas vezes a subjetividade oculta e confunde a real objetividade do que lhes falo. Mas é isso, detesto-os e toda sua conjuntura de falsa devoção “euroessencizada” que nos perturba cotidianamente.

sexta-feira, 16 de abril de 2010




Artigo avaliado e aceito para compor a programação do VI ENECULT – 2010, que será realizado entre os dias 25 e 27 de Maio, na Reitoria da UFBA e na FACOM (Faculdade de Comunicação).

Em breve estarei disponibilizando a data e horário exato da apresentação para quem tiver interesse de assistir as explanações que irei fazer sobre a pesquisa que desenvolvi ao longo de 2009. Provarei que o RAP não é apenas o que você pensa!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A cidade deles





É na dualidade das veias extensas da cidade deles, no turno mais eficiente, onde a captação dos detalhes é vista com maior precisão, que se entende o que se faz com os indivíduos, durante o outro turno, oposto a calmaria que vem logo após o crepúsculo. São nessas veias de concreto e betume que afloram o subterrâneo urbano, nas madrugadas as quais se vivem as vidas, sem pudor, na mais pura emoção mundana possível sem preocupações com o amanhã, nem com o agora, chamo isso de fuga, algo que se faz necessário.

No subterfúgio da cidade deles é onde se percebe a conseqüência de infinitas ações programadas, ou até mesmo da falta delas, que põem muitos indivíduos a beira da mais perversa insanidade comportamental, comportamento tão cruel que os levam a morte, por muitas vezes. Mas, não passam de números para eles, dessa forma os acontecimentos que rege o turno temido, obscuro e silencioso que tanto me intrigam e fazem com que eu reaja de alguma forma, fazendo meus textos ou até mesmo metamorfoseando meu comportamento.

Aquela cidade deles de outrora, continuam a mesma, mesma perversidade que afligi uma infinidade de seres, e acaricia o ego de uma minoria dissimulada que pensam ser os donos de algo que nem existe. A cada dia mais os transeuntes noturnos me instigam a saber o que se passa na ótica de cada um, no que diz respeito a cidade. Um dia vou tornar minha cidade fictícia em objeto palpável, sem me preocupar com eles, e deixar eles com cólera, pois é como aquela velha história "O machado esquece; a árvore recorda”.





domingo, 4 de abril de 2010

Só noticias ruins!


Não sei qual a explicação porque você só me traz noticias ruins, tragédias, misérias e coisas do gênero. Preciso de emoções boas, já se fazem 25 anos que estou inserido nessa esfera de infortúnio, eu necessito de graças, de luzes e de razões. Viver é uma mutilação cotidiana, e eu não tenho tato pra isso, eu sou fraco, muito sentimental, e meus dramas não funcionam mais como antes. Às vezes acho que é o fim, mas não pode ser, sempre há uma pontinha de esperança, por mais ínfima que seja, e muitas das vezes nem a vejo, mas sei que existe, por hora vou vivendo dessa esperança que me cansa e me destrói paulatinamente. E nem pensem que minhas palavras são atribuições hiperbólicas, pois não são, isso é vida real, é o sentimento expresso na mais pura essência possível.


Certas notícias me fazem refletir sobre minha vivencia, ou melhor, sobrevivência, meus sentimentos nostálgicos me fazem chorar, querer quem não tenho mais, e querer o que nunca tive, me fazem deixar de existir por alguns momentos quebrando todas as amarras que ainda existem sobre meus ombros escravos. Se ainda sou o que sou é por ti, por ti e por ti também, pessoas que pude confiar, aprender, amar e ser o que sou, e muito me orgulho de tudo, queria mais e mais, mas não deu, a maldita vida é efêmera, e não nos contempla com a eternidade. Chega de notícias ruins, pra nós, chega de sofrimento, enfim... Precisamos de paz, mesmo que seja com "sangue" alheio, ela virá.

quinta-feira, 1 de abril de 2010



O outro na cidade contemporânea
Entendendo os pichadores



Compreender a cidade a partir da ótica dos pichadores pode ser mais complexo do que o imaginado, pois nos remete a uma questão de identidade e busca de espaço, dentro de uma sociedade excludente, e que oculta a visibilidade do outro. É possível perceber, na área core, das grandes metrópoles a expressividade dessa arte marginal, vista como "subcultura" no contexto da cidade contemporâneas e suas amarras. É como se um pequeno pedaço do universo do "morro" e ou subúrbio, "invisível", pouco visitado e contemplado no imaginário coletivo urbano, deixasse um vestígio, ou melhor, é como se a cidade do outro se inscrevesse na cidade "ordenada", "desejada" e "conhecida".
Em entrevista a um pichador da cidade de Salvador, ele nos ajudou a esclarecer o motivo das pichações se concentrarem nas áreas centrais das cidades, dizendo que: "no centro a visibilidade é maior, todos vão ao centro. A periferia já é suja demais" em um outro momento ele nos diz, "A intenção é sujar a burguesia, na área mais nobre da cidade, e colorir e dar vida na favela. Não ‘curto’ riscar casa de pobre que dá um duro danado pra pintar, pra ir um lá e pichar". Com essas palavras, podemos perceber o teor de insatisfação social que esses jovens carregam com sigo, se utilizando de instrumentos marginais, no caso a pichação, para expressarem suas insatisfações defronte a cidade. A respeito das relações existentes nos espaços, o sentimento de pertencer a um espaço ordenado ou habita-lo valoriza o homem; inversamente, o homem se sente desvalorizado quando o espaço ao qual pertence ou onde mora é desvalorizado. Dessa forma podemos entender o motivo pelo qual esses indivíduos, mas especificamente os jovens, desejam esses outros lugares que tem padrões de vida muito diferente das realidades as quais eles vivenciam em seus cotidianos marginalizados. Essa é uma possibilidade de interação com a cidade, a qual lhes é negada, em uma nova dinâmica. Uma vez que, nem todos têm igual direito à cidade, simplesmente porque, a rigor, há dois tipos de cidadania e, por esta via, dois tipos de cidadãos. Existe a cidadania conquistada e a sua oposta, a cidadania dada.




quinta-feira, 25 de março de 2010

Meus textos marginais


Fora dos padrões de leitura de muitas pessoas, graças a Deus, meus escritos são por vezes mal compreendidos e rotulados por alguns seres, mas tudo bem, a critica é gostosa e me faz bem. Queria ter inspiração para escrever com mais freqüência, todas as minhas vivencias, mas não sei concretiza-las, não é fácil transpor os sentimentos, é agonizante, as idéias ficam apreendido em alguma parte de mim. Talvez a racionalidade tenha um teor de responsabilidade, pois ela me inibe a explanar certas coisas, ora bolas, mais não imagino como ela foi aportar no meu ser. Contudo, não me imagino sem ela, só ela me faz deixar de existir, quando desejado, mesmo que seja só em letras ou em momentos de preenchimento limitado.


Gosto de espontaneidade, escrever cheio de amarras é sufocante, fora que é muito tendencioso e as coisas se tornam obvias, obviedade não me fascina, não desperta a minha atenção, enfim... Eu gostaria muito de ser compreendido, e não fosse mais abordado e bombardeado de questionamentos, por escrever minhas abstrações que se perpetuam através escritos mão compreendidos.


A política é cada ser com suas divagações, cada um com seu conteúdo e respeito, e não tolerância, estou falando de respeito, pois ele é quem sustenta um debate saudável e proporcional o conhecimento do diferente, e também nos ajuda a entender o todo, por partes. Indagações sobre verdades, fé, crença não nos cabe. O que nos interessa de fator é relatar o que vemos, sentimos. Isso de forma própria, o que é mais interessante para a compreensão dos indivíduos enquanto seres singulares, por mais próximos que possam estar, vai ser sempre diferente, logo não é necessário assassinar um selva cotidianamente para poder adequar o “diferente” as amarras paradigmáticas que, por sua vez, continuam a nos mutilar e nos limitar de fronte a livre expressão cognitiva, tentando nos impor a maneira de conduzir-nos diante do valor, do psíquico e da matéria, tentando dissociar a subjetividade e a objetividade.




"Até que os leões tenham suas histórias, os contos de caça glorificarão sempre o caçador."

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O lado ruim das coisas boas





Mais uma vez tenho a necessidade de escrever algum texto pra pôr no meu BLOG, porém não sei o que dizer a vocês (leitores) já contei quase tudo de minha vida, o que me resta é pouca coisa armazenada na massa cinzenta, sinto meu cérebro esfacelado em infinitos pedaços.


Gostaria de explanar o que venho achando das pessoas nos últimos anos. Tenho achado o mundo podre, e conseqüentemente as pessoas, eu tenho pouca paciência com elas, acho todas dissimuladas, perversas, individualista, dentre uma infinidade de adjetivos pejorativos que ainda posso atribuir. Mesmo aquelas pessoas mais próximas de mim eu ainda não consigo depositar uma total confiança. Não me recordo o número de vezes que imaginei que eu era ou problema, talvez sim, porque não? Mas, enfim... Infelizmente tenho que manter relações cotidianas com uma infinidade de pessoas, pessoalmente ou não, que por sua vez não é nada agradável.


Viver é uma condenação, dever satisfação é uma mutilação, isso vai bem mais além do que o simples fato de fugir das responsabilidades ou se acovardar diante das barreiras existente na vida. É sentir, ter a percepção de que as coisas não correm de uma forma agradável, é algo sufocante que nos incomoda, porém pouca coisa pode-se ser feita. Queria ter lido menos livros, ter aprendido menos, não queria ser uma pessoa informa. Talvez fosse mais feliz sendo ignorante, teria menos preocupações e sorriria com mais facilidade.


Vida, mundo, pessoas... Vários ciclos e eras, infinitas histórias e interpretações, crenças, intolerâncias, verdades e inverdades tudo isso para que? Para ter um sentido de viver? Fica a indagação. Sinto-me preso num grande casulo babilônico cheio de válvulas de escape que nos impõe afazeres e dirigem nossas condutas. Mas como nem tudo são rosas perfumadas, existem os espinhos urticantes que nos deixam angustiado. Por isso escrevo meus devaneios Anti-sociais só para imortalizar meus pensamentos.



OBS.: Não vou me matar, não pretendo matar ninguém. Relaxem vou continuar vivendo nessa penitencia.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Meu projeto de monografia!











OBJETIVOS


Essa pesquisa tem por objetivos, analisar o comportamento dos jovens inseridos no “mundo” do Hip – Hop no contexto da cidade contemporânea e identificar esse movimento cultural como de resistência da população africana em diáspora em terras da América. O recorte espacial abrange a Região Nordeste de Amaralina (RNA), Salvador – BA.



Esse trabalho além de buscar desvendar a essência do Hip – Hop, como movimento cultural de resistência das populações africanas em diáspora, buscará desvendar de que forma a conduta dessa juventude marginalizada nos espaços da cidade, pode ser conduzida a partir de sua inserção nesse fenômeno ou tribo juvenil urbana, enfocando as problemáticas sociais que envolvem os grandes centros urbanos.



Pretende – se ao longo da pesquisa, como objetivo preponderante, realizar uma investigação cientifica no âmbito da Geografia Cultural Urbana, verificando de quais formas ocorrem tais modificações comportamentais desses indivíduos, quais são os meios que eles utilizam para expressar suas opiniões, insatisfações, dentre outros motivos, no que se refere às condições sociais às quais estão submetidos.



Como objetivo secundário, esse projeto de pesquisa busca elucidar, dentre outras questões que se encontram interligadas em uma rede de relações culturais e sociais, a questão das manifestações culturais de caráter Afro – Americana, que por sua vez tem uma vertente de resistência às imposições, opressões e as mazelas seculares, que as populações africanas em diásporas encontram-se submetidas em toda a América. Abordando a questão da identidade, afrocêntrica, e valorização das raízes culturais pertencente a essas populações, que por sua vez adquirem características singulares em diferentes partes da América.



Todas essas problemáticas são abordadas a partir de análises de casos específicos de vivencias e acompanhamento desses jovens dentro de seus espaços/territórios, não nos prendendo a estratificações de renda com fator social que determina a conduta dessa população, periférica. A questão da compreensão e da afirmação por uma identidade própria, pode causar mudanças de comportamentos significativos nesses jovens.



domingo, 24 de janeiro de 2010

Lavagem do Bonfim







Uma das festas, de caráter popular, mais requisitadas de salvador. Se você morrer sem ir ao Bonfim, nesse período, tenha certeza de que você não viveu de verdade.

Fazer um percurso de 8Km, a pé, embalado por machinhas e pelo pagodão profano de Salvador em pleno verão, onde o Sol nos mutila sem cerimônia alguma, isso tem um preço. É chegar a Colina Sagrada, onde está situada a Igreja do Bonfim, e poder amarra à grade da Igreja uma simbólica fita do Senhor do Bonfim e pedi três desejos. Questão de Fé!¹

A quase duas semanas fiz esse percurso, mas meus pés até hoje sofre com as consequências, estão fragilizados e ninguém, ninguém mesmo, além de mim se sensibiliza com a causa, eles precisam de massagens, eles são mais dengosos que eu, eles tem vontade própria.

A esse momento único de minha vida, eu agradeço por ter compartilhado com pessoas que conseguem me alegrar, e eu a amo-as de verdade, agradeço a: Betinho, Diego, Iara e Negro All (Akon). Foi muito bom está com vocês. Sem falar na infinidade de pessoas que encontramos no decorrer do trajeto, como Afro Jow, Dani e Gabriel.





¹ Eu amarrei logo duas, só para evitar acidentes, sabe como é, né!